- Notícia porquê? - perguntam vocês.
- Porque descobriu-se que, afinal, eles até têm coração.
Este blogue é da exclusiva responsabilidade dos intervenientes, pelo que os conteúdos nele constantes, não podem ser entendidos como opinião generalizada dos anti-touradas. Agradeço que aqueles que ficarem com dor de corno, apenas me ataquem a mim.
Declaração
O blogue que se segue pode conter linguagem susceptível de ferir a sensibilidade dos leitores, pelo que se agradece que pense duas vezes antes de espreitar.
Todas as palavras aqui postadas NÃO SÃO OFENSAS GRATUITAS. São pagas, desde há séculos, com o sofrimento de milhares de touros.
Enquanto os aficionados ofenderem a minha sensibilidade, eu sinto-me no direito de ofender a deles.
Todas as palavras aqui postadas NÃO SÃO OFENSAS GRATUITAS. São pagas, desde há séculos, com o sofrimento de milhares de touros.
Enquanto os aficionados ofenderem a minha sensibilidade, eu sinto-me no direito de ofender a deles.
A P E L O A O S "C O N T R A", A O S A N T I T A U R I N O S
ResponderEliminarParecerá estranho o pedido que eu, acérrrimo defensor dos espetáculos tauromáquicos, vou fazer àqueles que, invocando louvável preocupação pelo sofrimento dos toiros, me querem privar do mesmo. No entanto, motivo forte e sério, leva-me a tal anómala iniciativa.
Sucede, que mesmo não concordando com os discutíveis argumentos dos "contra", reconheço que, pelo menos à primeira vista, eles proveem de pessoas de sólida formação moral, possuidoras de caridosos sentimentos cristãos que não suportam, não admitem nem gostam, de ver o terrrivel, segundo eles, sofrimento que numa tourada, é infligido a um animal. À partida, são de aplaudir e respeitar, os bons sentimentos que motivam as suas ações. É mesmo esse reconhecimento que está na origem deste apelo.
Ontem, dia 6/9/14, pelas dezanove horas, na Estação de Santa Apolónia, tive oportunidade de assistir a uma manifestação de solidariedade, bondade, caridade, que me chegou a emocionar - e que, segundo me disseram, se repete todos os dias. Vi chegar três carros PARTICULARES que estacionaram no passeio fronteiro à estação. A movimentação dos "sem abrigo" que por ali andavam, chamou-me a atenção. Todos se dirigiram para os carros formando, voluntaria e ordeiramente, filas.
Foi então que vi a razão de toda aquela movimentação. Dos carros saíram cinco ou seis SENHORAS, que foram distribuindo pelos "sem abrigo" comida e carinho. Sem usarem megafones ou cartazes para propagandear a sua ação, sem provocar ou insultar os que se limitavam a assistir. E se tivessem o espírito ditatorial dos "contra", tinham motivo forte para o fazer - a indiferença ou o olhar para o lado, dos que presenciavam o que se passava, era realmente chocante.
Como disse eram SÓ cinco ou seis SENHORAS e os "sem abrigo", uns trinta. As manifestações, os "Meets" (como se diz enfaticamente), juntam quarenta a cinquenta "contra", anti taurinos. É a constatação de todos estes factos que me deu a ideia de escrever este texto, que vou dirigir aos "contra", aos anti taurinos, esperançado que acedam ao pedido/sugestão que lhes faço.
Pela sua preocupação pelo sofrimento infligido aos toiros, manifestam os bons sentimentos que possuem. Considerando que os mesmos se manifestem também, se virem o sofrimento, as carências dos "sem abrigo", de mulheres e homens e a falta, de meios humanos para os ajudar, se voluntarizem para irem ajudar essas SENHORAS que abnegadamente, sem espalhafato, tendo como compensação, apenas a sua satisfação pessoal, aparecem em Santa Apolónia. E não só. Igualmente no Terreiro do Paço.
Infelizmente, em Portugal, há várias circunstâncias para demonstrarmos os nossos bons sentimentos. Não é apenas nos tais "Meets" à porta dos tauródromos.
Carlos Patrício Álvares (Chaubet)